sábado, 12 de julho de 2008

CARNAVAL

O Carnaval é uma festa popular que eletriza praticamente toda a população do Brasil inteiro e atrai milhares de estrangeiros.
Em todas as suas modalidades, nas ruas, em clubes, nos desfiles grandiosos, com improvisações da pobreza ou com a exibição do fausto dos ricos, o Carnaval é celebrado durante quatro dias.
A vida normal pára.
A orgia desenfreada toma conta das massas de norte a sul e de leste a oeste do país.
Hoje, em vez de quatro dias de orgia, essa festa pagã já se lança nos movimentos chamados pré carnaval, em vários lugares do país, que duram vários dias.
A impressão que se tem é que a sedução do carnaval leva multidões a desejarem que a vida fosse sempre e somente carnaval.

O que podemos fazer, como povo de Deus, para que sejamos resguardados dos perigos que nos rondam todos os anos, quando se instala o "reinado de Momo"? Precisamos ter o cuidado de evitarmos as ilusões e a sedução do carnaval.

O Carnaval é tido como festa folclórica, mas tem fundamentos religiosos do paganismo romano. Esse paganismo foi incorporado ao ramo do cristianismo que se desviou da Palavra de Deus e dos costumes santificados, e passou a fazer parte do nosso calendário .

Há várias explicações para a origem dessa festa. Uma delas é que o Carnaval (que significa “adeus carne”) seja a festa sucessora das antigas festas romanas como as lupercais e as bacanais, que eram festas imorais dedicadas a deuses romanos.

A característica principal dessa festa é a permissividade. O próprio nome "adeus carne" parece significar uma despedida de todas as limitações morais, para que a carne se libere e se perca na orgia. A despeito da suntuosidade e esmerada organização dos desfiles alegóricos, da arte que exibem os carros e as fantasias, o que realmente impera é a permissívidade, o descontrole moral, a liberação dos instintos para a prática da libidinagem desenfreada. Não é isto que revela a própria propaganda que os poderes governamentais e algumas instituições desenvolvem intensamente quando se aproxima o carnaval, sobre o uso de preservativos para evitar a AIDS? A sociedade organizada reconhece que o Carnaval é a festa da total liberação de todas as inibições do ser humano para a prática da imoralidade sexual.

Os efeitos do carnaval são devastadores. Cada período carnavalesco deixa um saldo enorme de violência com pancadarias, assassinatos, estupros, acidentes, lares desfeitos, e mortes por uso de drogas. Algumas consequências do carnaval são imediatas, como as que mencionamos. Outras são permanentes e invisíveis* que são os declínios de todos os padrões morais, de todos os valores da sociedade. Cada período de carnaval empurra os costumes, a pureza, a honestidade, para baixo. A cada ano que passa, multiplica-se a iniquidade sob suas diversificadas formas, e um dos responsáveis por esse declínio é o afrouxamento oficial do pudor durante cada período carnavalesco.

As igrejas de Cristo e as famílias cristãs são as ilhas do bem e da virtude no meio da loucura desenfreada do carnaval. Nós somos a luz do mundo e o sal da terra, e não podemos nos esquecer disso. Quando Jesus disse "Brilhe a vossa luz", não isentou o carnaval. Nossa luz tem que brilhar em todos os dias, em todos os momentos, em todas as épocas e em todas as circunstâncias. Portanto, nossa luz precisa brilhar também no Carnaval. Ao dizer isto, nós não estamos sugerindo sair para as ruas, nos misturarmos com os foliões para cantar hinos e pregar a Palavra. Não dá bom resultado. O natural é que nesses dias as famílias e as igrejas se retraiam, para evitar o desconforto e os perigos próprios do comportamento coletivo orgíaco. E natural que as igrejas programem para esses dias retiros espirituais para aproveitar o tempo para um santificado lazer, para promover estudos bíblicos e para desfrutar de comunhão uns com os outros. A maneira de fazermos nossa luz brilhar é não participarmos, nem mesmo sob a alegação de que apenas estamos apreciando.

Durante o Carnaval, atuam muitos fatores que exercem tremenda influência para a prática do mal. Entre eles, podemos citar a ilusão e a sedução.
As fantasias bonitas, o colorido das sedas, o brilho das lantejoulas, o ritmo alegre e alucinatório produzem na mente de milhares e milhares de pessoas o domínio das ilusões.

E, vendo essas coisas, e a alegria, e as cores, e a possibilidade de entrega a prazeres carnais, as pessoas se deixam seduzir e uma pessoa seduzida é uma pessoa escravizada- Lembremo-nos de que a arma do inimigo de Deus desde o início da criação, no Édem, é a sedução.

Como evitar o perigo da sedução?

Vamos citar duas passagens bíblicas que nos ensinam o remédio contra a sedução.
A primeira está em Provérbios 23:31:"Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente ".
Se alguém quer evitar a sedução da bebida, o melhor e nem olhar; a segunda passagem está em Primeira Epistola de João 2.15 e 16:
"Não ameis o mundo nem o que há no mundo (....) porque tudo o que há no mmdo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida não é do Pai, mas do mundo ".
Se uma pessoa tiver simpatia, ou desejar, ou deixar-se envolver pelas emoções a respeito de alguma coisa do mundo, será, fatalmente, seduzida.

Oremos muito durante esses dias; leiamos muito a Palavra de Deus;

busquemos o aconchego do lar, da família e da igreja nesses dias.
Procuremos andar em Espírito.
Quem anda em Espírito não satisfaz a concupiscência da carne.
É preciso que tenhamos um cuidado todo especial com o uso da televisão.
Nossos lares estão abertos a todo tipo de comportamento, e as prioridades dos canais de televisão, nesses dias, são quase sempre incompatíveis com nossos ideais de santificação e consagração à causa de Deus.

Se o Espírito Santo de Deus nos der oportunidade de testemunhar de Jesus a alguma pessoa que esteja seduzida pelo carnaval, não a deixemos passar.
Falemos de Cristo e seu sacrifício na cruz do Calvário para nos perdoar, justificar e salvar. E sobre a verdadeira alegria que há na vida cristã.
Amém.

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